Os brasileiros sofreram com golpes digitais em 2023, com a perda financeira estimada em R$ 1 bilhão, alta de 12% ante o ano anterior, segundo um estudo divulgado pela OLX. Já falamos aqui no blog sobre algumas fraudes que assombram o comércio eletrônico, e hoje vamos falar sobre uma das mais engenhosas e preocupantes: a fraude de triangulação.
Esse tipo de fraude envolve três partes: o fraudador, a vítima (uma empresa legítima) e o destinatário final do produto ou serviço. O objetivo do fraudador é obter ganhos financeiros indevidos, enquanto a vítima é utilizada como peão nesse jogo perigoso.
Como funciona a fraude de triangulação?
Como dito, essa fraude é bastante engenhosa e demonstra a criatividade dos golpistas. Para conseguir aplicar esse golpe, é necessário que um comprador realmente esteja interessado em uma compra e até mesmo a realize. Vamos montar um passo a passo para tentar ilustrar a fraude.
Imagine que o consumidor chamado José esteja interessado em realizar a compra de um novo console que, normalmente, custa na casa dos R$ 3 mil. Uma loja legítima presente em um marketplace possui o produto e o anuncia exatamente por esse valor.
Um golpista “copia esse anúncio” e cria uma loja falsa em um marketplace, contudo, coloca o produto em promoção e o vende por R$ 2 mil, bem abaixo do valor de mercado.
José, impressionado com o desconto, realiza a compra e coloca os dados reais de seu cartão de crédito e endereço para entrega do produto.
O golpista então, depois de receber o pedido, acessa o anúncio da loja legítima e realiza a compra, colocando as informações corretas do endereço de entrega. Contudo, no momento de fazer o pagamento, o fraudador utiliza um número de cartão de crédito roubado para realizar a compra.
Com esse passo aprovado, a loja legítima envia o produto para José, que fica satisfeito e nem percebe que o produto foi enviado por outro estabelecimento. Já a pessoa que teve o cartão usado de forma equivocada na loja legítima entra em contato com o banco e solicita o chargeback.
É nesse momento que o fraudador desaparece e a loja legítima não consegue mais contato. Nesse caso, o golpista embolsou os R$ 2 mil pagos por José e deixou com a loja legítima o prejuízo dos R$ 3 mil de chargeback mais os gastos de logística e, de quebra, ainda sem o produto, que já foi enviado.
Sim, é uma fraude bastante complexa e que envolve diversos agentes como forma de burlar os sistemas antifraudes.
É possível se proteger?
Apesar da dificuldade até mesmo em compreender os movimentos para essa fraude, é possível contar com a tecnologia para identificar a fraude. Modelos preditivos que usam Machine Learning para analisar o comportamento de uma transação e identificar de é fraudulenta ou não.
Contando com uma grande quantidade de dados do histórico de transações, os modelos preditivos criados pela Glass Data, por exemplo, são capazes de aprender os padrões de transação de cada estabelecimento e analisar se uma compra é real ou se é uma fraude de triangulação.
Além disso, temos como diferencial a capacidade de criar modelos únicos para cada negócio, evitando que você fique refém dos antifraudes já consolidados no mercado, mas que nem sempre atendem suas necessidades.
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