Como já dissemos aqui no blog, as fintechs ganham cada vez mais espaço entre os consumidores e se tornaram o setor mais investido entre as startups. E como todos os setores que envolvem dinheiro e uma alta demanda, os cibercriminosos ficam atentos para encontrar oportunidades de aplicar fraudes.

À medida que as fintechs evoluem e criam mais possibilidade e serviços financeiros aos clientes, mais “portas” são abertas para os golpistas. Por isso, é muito importante que essas instituições financeiras possuam uma abordagem ativa para evitar que essa fraudes ocorram.

Foi pensando nisso que decidimos criar esse artigo trazendo as cinco fraudes mais comuns contra fintechs, independente da maturidade do sistema de prevenção à fraudes. Confira.

Fraude na abertura de contas

Os constantes vazamentos de dados possibilitam que os fraudadores tenham em mãos informações como nome completo, CPF, RG, endereço de email, endereço residencial e até mesmo a foto de pessoas comuns. E com esses dados em mãos, uma fintech desprotegida é um bom alvo para a criação de uma conta falsa.

Além disso, é possível que os fraudadores cruzem os dados para a criação de uma identidade sintética e façam a abertura de conta. Outra prática comum envolve a criação ou uso de documentos falsificados, como RGs e comprovantes de residência, para abrir contas. Esses documentos podem parecer legítimos à primeira vista, enganando os processos de verificação das instituições financeiras.

Ainda é possível que os fraudadores recrutem indivíduos para abrir contas em seus próprios nomes e depois transferem dinheiro ilícito através dessas contas, dificultando o rastreamento pela polícia.

As consequências da fraude na abertura de contas são graves tanto para as vítimas, que podem enfrentar dificuldades financeiras e legais para provar que não abriram a conta, quanto para as instituições financeiras, que podem sofrer perdas financeiras e danos à sua reputação.

Roubo de identidade

O roubo de identidade é uma preocupação de oito a cada dez brasileiros, segundo uma pesquisa da Serasa. Essa é uma fraude na qual o cibercriminoso utiliza as informações pessoais de outra pessoa, sem sua autorização, para cometer fraudes ou outros crimes.

Os criminosos obtêm essas informações através de diversas técnicas, como phishing, onde induzem a vítima a fornecer seus dados pessoais por meio de e-mails ou sites falsos que se passam por entidades legítimas. Além disso, o roubo de identidade pode ocorrer por meio de vazamentos de dados e ataques em massa.

Anéis de fraude

Anéis de fraude, também conhecidos como redes de fraude, são grupos organizados de criminosos que colaboram para cometer fraudes de maneira sistemática e em larga escala.

Esses anéis operam de forma coordenada, muitas vezes envolvendo múltiplos indivíduos e empresas de fachada para executar suas atividades fraudulentas com o objetivo de maximizar os lucros e minimizar o risco de serem descobertos.

A estrutura de um anel de fraude pode ser bastante complexa, com diferentes membros desempenhando papéis específicos, como coleta de dados, falsificação de documentos, movimentação de dinheiro e recrutamento de cúmplices. Essas redes frequentemente utilizam tecnologias avançadas e técnicas de engenharia social para enganar suas vítimas e evitar a detecção pelas autoridades.

No caso das fintechs, os anéis de fraude representam uma ameaça crescente, dada a rápida expansão e inovação no setor financeiro digital. Uma das possibilidade é a fraude de empréstimos pessoais, onde grupos de criminosos criam perfis falsos utilizando identidades roubadas e documentos falsificados para solicitar empréstimos pessoais através de várias plataformas de fintechs. Essas contas falsas são configuradas com históricos de crédito fictícios, e os empréstimos obtidos nunca são pagos, resultando em grandes perdas financeiras para as fintechs envolvidas.

Em outra possibilidade, mais sofisticada, os fraudadores se infiltram em fintechs de criptomoedas. Utilizando métodos de phishing, eles conseguem acesso a contas de usuários e executam transferências não autorizadas de criptomoedas para carteiras digitais anônimas. Devido à natureza descentralizada e pseudônima das criptomoedas, rastrear e recuperar os fundos roubados tornou-se extremamente desafiador para a fintech afetada.

Existem ainda inúmeras outras possibilidades para ataques. As consequências são graves, com perdas financeiras significativas, danos à reputação das empresas envolvidas e desconfiança crescente entre os consumidores.

Account takeover (ATO)

É bem possível confundir o roubo de identidade com o Account Takeover, o que pode, inclusive, impactar na hora de criar camadas de proteção. No roubo de identidade, o fraudador se passa por aquela pessoa para alguma ação, como um empréstimo.

Já no caso do ATO, o cibercriminoso realmente invade aquela conta. Ele não quer apenas se passar pelo cliente, mas sim invadir e roubar a conta da pessoa.

As consequências do ATO são devastadoras para as vítimas, que podem enfrentar problemas financeiros, como contas bancárias esvaziadas, empréstimos e cartões de crédito solicitados e esvaziados, entre outros. Além disso, a vítima pode passar por um longo e complicado processo para restaurar sua identidade e limpar seu nome.

Lavagem de dinheiro em fintechs

A fraude de lavagem de dinheiro em fintechs é um esquema onde criminosos utilizam plataformas financeiras digitais para disfarçar a origem ilícita de fundos, tornando-os aparentemente legítimos.

Os fraudadores aproveitam a rapidez e a flexibilidade das fintechs para movimentar grandes somas de dinheiro através de múltiplas transações, passando por várias contas e serviços.

Um exemplo comum é o uso de carteiras digitais e criptomoedas, onde o dinheiro é convertido em ativos digitais, transferido entre diferentes contas e eventualmente reconvertido em dinheiro limpo.

Além disso, criminosos frequentemente utilizam fintechs de empréstimo, solicitando e quitando empréstimos com dinheiro sujo, para criar um registro de transações aparentemente legítimo. A descentralização e o anonimato oferecidos por muitas plataformas de fintech dificultam a detecção e o rastreamento dessas atividades ilegais.

Como proteger minha fintech dessas fraudes?

Primeiramente, é muito importante fazer ações que conscientizem os clientes da importância de estarem atentos às movimentações dos fraudadores. Passe algumas dicas simples, como a necessidade de ativar a autenticação multifator (MFA), possuir uma senha forte, evitar fazer transações utilizando Wi-Fi público e deixar claro como visualizar ações de phishing.

Além disso, investir em tecnologia é fundamental para manter a fintech protegida e com a reputação. Atualmente, é possível utilizar a Inteligência Artificial e técnicas de Machine Learning para fazer uma análise rápida de dados e verificar se determinado movimento se trata de um comportamento fraudulento.

A análise de risco da Glass Data, por exemplo, tem a capacidade de aprender os padrões específicos de cada estabelecimento, atendendo às suas necessidades. Assim, você não fica dependente dos antifraudes de prateleira disponíveis no mercado, que muitas vezes não atendem todos os seus interesses.

Um dos nossos diferenciais é bloquear ataques por meio de análises sobre o comportamento do estabelecimento, verificando se o usuário que está realizando determinada atividade é legítimo. Além disso, a velocidade é um ponto fundamental para combater fraudes em fintechs. Nosso modelo preditivo obtém a resposta da análise em milissegundos, o que torna a proteção ainda mais eficaz - e não impacta negativamente a experiência do usuário legítimo.

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