O cartão de crédito segue entre os meios de pagamento mais utilizados pelo brasileiro, sendo aceito tanto em lojas físicas quanto em lojas virtuais. Ao mesmo tempo, ele também é um dos queridinhos dos brasileiros. Uma pesquisa realizada pela Serasa mostrou que mais da metade dos brasileiros possuem três ou mais cartões de crédito.

Segundo a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), os brasileiros movimentaram R$ 608 bilhões no cartão de crédito apenas no terceiro trimestre de 2023, uma alta de 10,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos nove primeiros meses de 2023, o setor de cartões movimentou R$ 2,7 trilhões no País.

Por tudo isso, e-commerces e marketplaces seguem investindo alto nas vendas com cartões de crédito. Esse processo, contudo, não é simples, e uma aprovação passa por muitos passos - apesar de muitas vezes os consumidores nem perceberem, afinal, quanto menor a fricção, melhor.

A aprovação de pagamentos com cartão de crédito é uma jornada complexa e eficiente, envolvendo vários atores e verificações. Neste texto, vamos explorar em detalhes o processo desde o momento em que o consumidor realiza a compra até a aprovação do pagamento.

Início da transação

Tudo começa no momento do pagamento da compra. Ao inserir os detalhes do cartão no site (ou na máquina de pagamento, no caso de compras físicas), inicia-se uma série de eventos que culminarão na autorização ou rejeição do pagamento.

Transmissão para a adquirente

Adquirente é a instituição financeira responsável pela tecnologia de captura das informações do pagamento e o roteamento para os bancos emissores através das redes das bandeiras de cartão. Essa captura pode ser realizada por dispositivos físicos (conhecidos popularmente como “maquininhas”), APIs, aplicativos para celular e outras plataformas.

O nome “adquirente” tem origem no fato de que esse tipo de instituição “adquire” os direitos de gerenciar e representar a empresa perante às bandeiras e bancos emissores.

Gateways, hubs de integração e facilitadores de pagamentos (conhecidos como subqdquirentes) também podem usados em conjunto com a adquirente, porém seu uso é opcional.

Transmissão para as bandeiras de cartão

Logo após recepcionar e verificar os dados de pagamento, a adquirente transmite esses dados para as bandeiras de cartão, como Visa, MasterCard, Elo e American Express.

Por sua vez, as bandeiras repassam os dados para o banco emissor do cartão afim de solicitar a autorização da transação. Ou seja, as bandeiras atuam como intermediárias entre o emissor do cartão (banco do consumidor) e a adquirente, facilitando a comunicação e a transferência de fundos e permitindo que uma empresa consiga efetuar cobranças em cartões de centenas de bancos diferentes, sem necessariamente precisar se conectar diretamente ou ter relacionamento com todos eles.

Análise dos bancos e autorização

Nessa fase do processo, o banco emissor do cartão realiza uma análise adicional da transação. Esta etapa envolve a verificação de fundos disponíveis, o histórico de transações do consumidor e a conformidade com os padrões de segurança estabelecidos. Além disso, verificam se o cartão está ativo e se possui saldo para efetivar a compra solicitada.

Nessa etapa, é o banco quem autoriza ou desautoriza a transação!

Verificação antifraude

Após a autorização emitida pelo banco, chega o momento em que o antifraude do comércio eletrônico irá atuar. Esses antifraudes verificam se a transação é fraudulenta, observando o comportamento do usuário para identificar padrões suspeitos.

São muitas variáveis que podem ser observadas, como o histórico de fraudes do cartão, as redes de wi-fi utilizadas, o IP do dispositivo utilizado no momento da compra online, a região da compra, entre outras.

A verificação de antifraude é crucial para garantir a segurança das transações. Por isso, tecnologias avançadas para identificar e prevenir atividades fraudulentas são utilizadas, protegendo assim tanto os consumidores quanto os comerciantes.

Captura e comprovante

Se todas as verificações forem bem-sucedidas, a transação autorizada previamente é capturada. O comércio eletrônico recebe uma notificação positiva, e o consumidor é apresentado com um comprovante de pagamento bem-sucedido. Esse processo geralmente ocorre em questão de segundos, proporcionando uma experiência rápida e eficiente para ambas as partes envolvidas.

Por que esse processo é mais custoso às empresas?

Um dos pontos interessantes a se observar nesse processo é que o antifraude é acionado após a verificação e confirmação das instituições bancárias de que o cartão utilizado é verdadeiro e possui saldo. Mas por que o processo nessa ordem deixa a transação mais custosa para as empresas?

Porque os contratos com os antifraudes normalmente preveem que o pagamento é realizado de acordo com a quantidade de transações analisadas. Ou seja, nesse processo, basta o banco aprovar seus parâmetros para que o antifraude entre em ação. Assim, muitas das transações podem ser reprovadas pelo antifraude, mesmo após a instituição financeira aprovar que o cartão está ativo e possui saldo.

Como reduzir os custos?

Sim, essa é uma pergunta bastante feita. O que muitas empresas não sabem é que é possível reduzir esses custos e ainda fortalecer a segurança das transações. O modelo preditivo da Glass Data foi construído para atuar em complemento aos produtos antifraudes já integrados à infraestrutura.

A tecnologia da Glass Data é incorporada no processo de aprovação de vendas antes da autorização dos bancos, o que protege o tráfego enviado para adquirentes, bandeiras e bancos emissores.

Ou seja, essa estratégia inovadora não apenas fortalece a segurança das transações, mas também tem implicações significativas no âmbito financeiro. Ao evitar tentativas excessivas e potencialmente fraudulentas antes mesmo de atingirem as instituições financeiras, mitigamos os riscos e reduzimos substancialmente a incidência de taxas adicionais, multas e bloqueios. O resultado é um aumento tangível no índice de aprovação nas instituições parceiras, consolidando a Glass Data como uma peça fundamental na defesa contra fraudes e no aprimoramento da eficiência operacional.

Quer saber como podemos ajudar sua empresa a melhorar a taxa de conversão, evitar fraudes e diminuir os custos por transação? Entre em contato com nossos especialistas.